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Uma Conversa Com o Medo

O medo chegou sem avisar, como uma sombra inesperada no meio da tarde ensolarada. Eu o vi se aproximando, com aquele olhar silencioso, e disse: “Eu sei que você está aí, mas o que quer de mim?”

O medo riu baixinho, como se tivesse algo que me fosse impossível entender. “Eu sou parte de você, você sabe. Sempre estive aqui. Só que você, talvez, nunca tenha me ouvido antes.”

Eu respirei fundo e o encarei. “Mas por que agora? Por que você sempre aparece nos momentos de incerteza, me deixando paralisada, incapaz de agir?”

“Porque você tem algo a perder. Eu sou seu reflexo em tempos de insegurança. Eu venho quando você teme não ser o suficiente. Quando você sente que não pode dar conta.”

A conversa seguiu, e a cada palavra, eu percebia que o medo não era meu inimigo. Ele era apenas uma parte de mim que, por algum motivo, eu não queria abraçar. No fim, percebi que, ao invés de lutar contra ele, eu podia simplesmente aceitá-lo. Não como um monstro, mas como um aviso de que talvez fosse hora de crescer, de me permitir ser vulnerável e, ao mesmo tempo, mais forte.

 
 
 

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